Um modelo de negócio que vem se popularizando no Brasil chama-se house flipping, algo como “virando a casa”, em uma tradução livre para o português. Provavelmente você já se deparou com essa modalidade de investimento imobiliário, mas não sabia que havia um nome específico para ele. A ideia do house flipping é emprestada do mercado financeiro, onde se faz um flip de uma ação, e a prática para o mercado imobiliário foi copiada dos Estados Unidos, que tem uma fatia bem aquecida nesse segmento.
A proposta do house flipping é comprar um imóvel a um valor mais competitivo, reformar e revender com uma margem de diferença, confiando no potencial de valorização que a reforma pode impactar na casa ou apartamento. Essa é uma ótima ferramenta para o vendedor que consegue embelezar mais seu produto como também para quem está comprando, que tira da lista o investimento e a dor de cabeça de encarar uma obra, além de um ganho de tempo considerável.
Essa prática costuma ser feita nos imóveis antigos, que têm a vantagem de possuírem plantas generosas, com amplos dormitórios, mas nada impede que quem trabalhe essa modalidade, chamados de “flippers” reforme apartamentos recém entregues pelas incorporadoras para encantar os clientes.
O foco desse negócio é uma conta que faça sentido e, para isso, o giro precisa ser rápido. Não adianta investir muito para modernizar o imóvel e demorar para vender. O tempo, neste caso, é sinônimo de dinheiro — quanto mais dias se passarem com o imóvel em mãos, mais despesas estão sendo feitas, como condomínio e IPTU.
Os flippers costumam vender por até 150% a mais do valor pago pelo imóvel e buscam uma rentabilidade mínima de 20% em cada unidade comercializada. Para isso, só adquirem imóveis que tenham o perfil ideal, com itens essenciais para ajudar na velocidade de venda, garantindo a segurança no retorno do investimento.
Essa lista tem itens como: localização, vagas de garagem, segurança do prédio, valor do condomínio e itens de lazer, entre outros. Se o imóvel escolhido estiver dentro desse padrão, o negócio tem verdadeiro potencial.
Junto com o cálculo da melhor equação para escolher um bom imóvel para reformar, esses investidores contam com uma equipe treinada e de confiança para executar o projeto com agilidade e qualidade. Não à toa, muitos desses investidores costumam ser arquitetos ou decoradores, acostumados a encarar uma obra e selecionar materiais funcionais e de custos menores.
Para quem pretende entrar nesse mercado, é importante conhecer o público-alvo que deseja trabalhar para entregar projetos que se encaixem na demanda. Não adianta transformar um apartamento que esteja completamente diferente da expectativa e do modo de vida do cliente. O possível comprador precisa enxergar na reforma um grande diferencial para que o investimento compense.
Seguindo essa cartilha de mapear o mercado, avaliar as oportunidades dentre de uma lista de requisitos, fazer uma conta e contar com uma boa equipe de execução, trabalhar com house flipping pode ser uma grande alternativa de negócio.
Fonte: veja.abril.com.br
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