Chamado de K-Briq, o produto gera menos de um décimo das emissões de carbono em sua fabricação quando comparado ao tijolo comum.
Com o propósito de reduzir o impacto ambiental da indústria da construção, a engenheira brasileira Gabriela Medero criou um novo tipo de tijolo: além de dispensar a queima da argila, 90 por cento de sua composição é feita com resíduos de construção. Ainda, este tijolo sustentável, chamado de K-Briq, gera menos de um décimo das emissões de carbono em sua fabricação quando comparado ao tijolo comum.
A iniciativa ajudará a combater a poluição proveniente do setor da construção civil, que é responsável por 38 por cento das emissões de dióxido de carbono (CO2), segundo relatório publicado pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente em 2020.
Foram mais de dez anos dedicados à pesquisa na área de materiais de construção para que Gabriela Medero, professora de engenharia na Universidade Heriot-Watt de Edimburgo, desenvolvesse o produto. Além de sustentável, o tijolo feito pela engenheira brasileira não perde em nada para o de barro. Inclusive, ele oferece melhores propriedades de isolamento e pode ser produzido em qualquer cor.
Em parceria com seu colega Sam Chapman, que também é engenheiro, Gabriela Medero fundou a startup Kenoteq – por meio dela, o tijolo sustentável poderá ser comercializado. Para completar, a empresa recebeu um fundo de investimento da Zero Waste Scotland, desenvolvido para estimular iniciativas de economia circular na Europa.
Além de economizar energia no processo de fabricação, a empresa contribui para a redução da emissão de carbono ao produzir o produto localmente. O tijolo é feito em um centro de reciclagem em Edimburgo, diminuindo a necessidade de transporte durante o seu processo.
Fonte: Abrainc
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